6/08/2007

onde adeus se possa dividir.

Sabe o que eu queria agora, babe?
Voltar, entrar de novo aqui
e encontrar alguém
que não me dissesse um nada
e não me dissesse um 'tudo bem' também
Que me oferecesse um choro,
não me roubasse o ombro
onde eu aprendi a desaguar todo o desengano
mas a vida anda burra
as pessoas andam brutas
meus amigos já foram mais amigos,
hoje não são nem uns ninguéns
Sabe o que eu mais quero agora, mon amour?
Fugir para o interior do meu interior
pra tentar entender por que se ri
se chuta pra um abismo
se combate o bem,
se debate mal, sem saber.
Deu amor?
Então, deixa eu chorar até sangrar
me leve pra algum lugar
aonde todos possam me sentir
minha cor,
eu não consigo viver
eu quero algo pra deter
me deixe aqui, pode fingir que quer
a Deus.


(Algo a ver com a música "Onde Deus possa me ouvir" de Vander Lee)

5 comentários:

Larissa Lisboa disse...

Ah Carol, que mundo bravo é esse que não nos dá nem ao menos permissão de sofrer!

Abraços!!!

Anônimo disse...

Digo, vale a pena.
Beijos

Raphael disse...

Testo em verso? E não é que ficou tão bom quanto? Gostei! Ainda mais ouvindo Vander Lee

l. p. disse...

Identifiquei, finalmente:

Sua poesia me lembra o tio Dylan.

(Minha ausência pode ser explicada por problemas gastro-intestinais do meu computador, os quais não permitiam que meus comentários aqui fossem enviados. Ok - ó, cá?)

Anônimo disse...

essa música do vander lee é linda!!!

sua poesia também ficou muito bonita!!!