7/03/2007

ín ti, mas.

A intensidade com que as pessoas tratam e retratam os sentimentos chega a ser engraçada.
Hoje se gosta, amanhã se ama... E depois?
Há-se uma necessidade de mostrar o amor e a intensidade dele, uma necessidade que me é estranha muitas vezes.
Eu não alcanço nem tal intensidade, nem tal necessidade e nem desejo me mostrar capaz ou eficaz. Sinto-me, assim, mutante de mim mesma.
Que eu era, sou e sempre serei estranha ao meio, já sabia, sei e sempre saberei. Só o que ainda desconhecia era esse meu estranhamento ao fim das coisas, ou ao meio de se chegar ao fim.
É, o fim me assusta, deixo claro quando escrevo. Talvez por essa intensidade sempre parecer tão superficial, talvez por eu parecer sempre tão superficial.
Sempre: que palavra maldita que entranhou no meu discurso.
Argumentos, sempre; tentativas, sempre... sempre presente.
Evasão minha, eu sei. Nunca consigo concluir um texto com mesmo assunto, e sempre falo isso. Sinal que nunca tento começar pensando nisso, acho que já penso em terminar assim pra não ter que concluir nada, não gosto de conclusões, parece. Na verdade, nunca chego a elas. Esse é o meu medo, talvez. Não chegar a concluir sequer o que eu escrevo.
Trash pensamento, que nojo!
Quiçás.



Acho que voltei a escrever,
acho!

4 comentários:

Anônimo disse...

Concluir para que?
se sabemos que não sera realmente o fim
nem do teu blog, nem de você ser uma estranha entre pessoas estranhas que ainda assim se estranham [rs] e nem do teu medo de concluir =p
deixa sem concluir, que assim a idéia flui

e abre espaço para nós, completo desconhecidos deixar comentarios audaciosos, tentando adivinhar, o que que seria se você tivesse terminado.

e pensamento rápido,
quem quer mostrar amor, não sente
quem sente, mostra sem querer

mas, esta é apenas uma opinião :)

Mésmero disse...

Seu blog está bem coerente. (não lembro se já falei isso aqui, mas é o que vejo)

Estou gostando cada vez mais dos seus textos, tipo, essa coisa de começar um assunto e depois começar a falar de você e do seu texto está ficando bom, porque isso é difícil de fazer sem deixar o texto chato.

Beijos!!!!

Unknown disse...

"Acho que voltei a escrever,
acho!"

e eu tenho certeza.

Ufa!

... feliz.

Beijos!

Larissa Lisboa disse...

Senhorita Ornellas,
O que é concluir? Por que nos apegamos tanto ao começo, meio e fim?
A arte de escrever é constituída de devaneios, e esses são os mais esclarecedores e lúcidos pensamentos.
Concordo com Dâmaso, também é apenas a nossa opinião!

Beijos,
Larissa