Estranho querer algo que não se aproxima, não se revela. No início, pensei ser apenas um desejo mesmo, daqueles que sempre temos, que todos têm e que nunca servem de nada, não acrescentam. E, na verdade, senti raiva depois de três semanas nas quais só intensificou todo aquele desejo inútil. E assim foi por alguns meses, totalmente inconstante, como eu. Algo passivo assim tinha que acabar em nada, no vago. Sempre é, não seria diferente.
Sinto pena de toda minha ilusão, esperança. Afinal, sinto dor. Não agüento mais senti-las. Medonho, bizarro e essas coisas. Baixas, terríveis. E ninguém percebe. E quem percebe diz que é o signo.
Cansada um tanto de não ser um problema bastante para alguém, de nunca conseguir. Não que eu queira ser um problema, mas se não consigo nem ser um problema em si, quem dirá uma solução, um sorriso.
Não sei muito bem mais o que eu escrevo. É mais alguma coisa para passear vago entre poesias e mares de músicas alheias. Só escrevo para amenizar, talvez, não é para chocar, juro. Não tentaria chocá-los de tal forma, usaria métodos mais eficazes. Não escrevo bem, mas burra não sou, tenho certeza.
Desviada do meu caminho inicial, sempre. Até nisso que vos escrevo. Até nisso. Sem conclusão lógica, sem seqüência. Logo, demonstrando toda a minha dor interna o que prevejo não ser tão bom.
Talvez um suicídio interno, é possível? Ainda não, talvez.
Eu cansei mesmo, garotos e garotas. Dessa vez sinto mais intenso.
É um cansaço pesado, que traz um embrulho no estômago. Sinto nervosismo, sinto inquietação. Sinto a hora, os minutos... Os milésimos.
Sinto-me como um vagão. Passo, passo, apenas passo. Nunca fico, nunca me afixo, a nada, a ninguém. E começa a doer, a me fazer refletir.
É fim de afeto, eu sei. Mas eu preciso expor, ainda assim.
E não consigo prosseguir nem com isso, esse que vos escrevo.
Então, por aqui paro, por aqui esqueço. E só.
2/23/2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Poxa, veterana, que beleza de texto, hem.
Mas me resta uma pergunta:
Cronicar ou poetar?
(Afinal, poeta num sabe escrever prosa sem poesia, né? rs)
Até.
hum
Esse texto falou comigo...
pelo visto não sou o único a ter esse tipo de pensamento. hehe
Postar um comentário