9/19/2007

mal insoluto.




"O jeito que vocÊ arruma seu cabelo procurando aquele efeito, que o mundo não quer reparar, revela tanto. E o tempo que demora para decidir se aquilo que está ouvindo é convincente para poder concordar e me deixa esperando..."



Um tédio imenso, umas aulas canceladas. Tudo acontece quando menos se espera. Logo eu que sempre espero tanto. Eu esperava que você me ligasse quando eu desse as costas, que você me desse um beijo de despedida, que você risse das minhas palhaçadas, que você quisesse que eu ficasse. Ao invés disso tudo, me deixa a incerteza. Na verdade, me deixa sempre uma certeza: de que nunca dará certo, de que tudo que penso é bobeira, de que todos os meus esforços são em vão, de que eu não aparento muito pra você. Que pena, ou sorte. Não sei realmente, no momento, se você é mesmo tudo aquilo que me faltava. Mal nunca me faltou, e você me faz mal, mas também faz falta. Eu, definitivamente, não sei. E não quero mais saber. Chega de portas batidas, de falas ignoradas, de preces em vão, de sorrisos ao nada, de esperanças congeladas. Eu ainda pensava, até um segundo atrás, que poderia dar certo, mesmo não sabendo o que seria certo. Mas eu pensava, e era um grande engano. A única prece que me resta: enfim, hoje, vejo-me livre e mais: meus sorrisos agora se concentrarão em estrelas, em olhares e em gestos alheios aos seus. Eu peco, eu aprendo e agora peço: deixe-me ser, enfim, por favor. Não me faça mal.





"... eu posso esperar." (Nando Reis - Hoje mesmo)

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