Ontem, as pessoas não me viam, isso me doeu. Mas as observei mais, intensamente, profundamente. Reparei tanto mais. Elas fogem pelos olhos, evasão. Superficialidade extremista. Todas juntas e tão sós. Identificam-se, mas nunca se conhecem realmente. Tanto o real assusta também. Relações fluidas. Liquidação de emoções líquidas. Permanecem no sistema de toques, olhares perdidos e palavras soltas. De repente, uma tontura. Não sei, talvez enjôo. Estresse fastidioso. Identidade confusa. Falta algo, muito algo. Além de nomes e presenças, nada é visto. Tudo é mostrado de menos. Apareça, por favor! Eu, Maria do Carmo da Silva, portadora do RG 1598654SSP-ES, atesto estar perdida nesse meio caos, que chega a ser inteiro, imenso e faminto.
Anonimamente,
Você e Eu e Todos os que nos Pertencem.
8/29/2007
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Um comentário:
ô! a pós-modernidade!
=7
bom texto, Carol. gostei.
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